quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ontem à Noite


Ontem, à noite,
Por entre a negridão do céu
Manchado de estrelas,
Surgiu um imenso clarão.
O brilho ofuscou-me os olhos
E embriagou-me os pensamentos.

A luminosidade era tão mágica
E irradiava tanto poder,
Que me senti completamente dominado
Por essa tão gentil e estranha força.

Depois,
Quando a calma e a consciência,
Perdidas naquele fantástico momento,
Outra vez comigo estavam,
Pude perceber o que realmente era
Este fenômeno.

Senti meu corpo mais leve, me olhei!
Meu peito estava aberto,
E por aquela abertura saía
Todo o fluido da luminosidade que eu via.

Mais uma vez olhei o céu
E observei atentamente  toda aquela claridade.
Sim, saia de dentro de mim!
Era alguma coisa muito forte
E que me torturava,
Era a saudade de você.
Toda a minha saudade
Que explodia dentro do meu peito
E libertava meu coração.

Outra vez olhei minha saudade no céu,
E vi você me sorrindo com tanta meiguice
Que desejei imensamente estar contigo.
Então, devagar fechei os olhos
E fiquei assim por um momento.
Depois, da mesma forma os abri,
E então, de olhos bem abertos,
Pude ver a grande verdade.
E queria lhe dizer,
Traduzindo a minha infinita saudade:
Amor, que falta você me faz!

(Copyrights by André Amui)

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