Quando choras meu amor teu rosto brilha com um suave encanto, e levemente formam-se sombras que tornam teu pranto belo e cristalino.
Na idade de fortes paixões, como chorar é o prazer necessário, a chuva vem ao nosso encontro, e então as lágrimas e o riso se fundem, formando uma só emoção.
E o teu pranto doce, sempre belo quando choras me lembra a tão suave e rubra rosa molhada pelo orvalho da aurora.
Como o pranto, o sereno dura bem pouco à noite, as estrelas se refletem nas folhas e a mesma gota de orvalho pura e transparente, quase contente balança a relva.
Quando chega o sol e gentilmente nos banha com sua luz, sentem-se felizes as flores enquanto o orvalho se desmancha.
E então, chorando, tu és ainda mais formosa. Teu rosto ainda brilha com o mesmo encanto. Seria eu o teu sol, minha linda rosa?
Chores meu anjo, beberei teu doce pranto.
(Copyrigths by André Amui)
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